Um convênio de cooperação
técnica assinado nesta terça-feira, 12, por representantes do Tribunal de
Justiça do Maranhão, Secretaria de Estado da Segurança Cidadã, Ministério
Público, Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) deverá
incentivar a reintegração social de presos e egressos do sistema penitenciário
maranhense.
Entre as principais metas do convênio, estão o combate à superlotação
carcerária e o estabelecimento de penas alternativas para os detentos.
A intenção, segundo o presidente do TJ, desembargador Raimundo Freire Cutrim,
é integrar as diversas entidades ligadas à questão carcerária para fortalecer as
ações já desenvolvidas na Capital através do projeto "Liberdade e Dignidade".
Implantado no ano passado pelo juiz Jamil Aguiar, da Vara de Execuções
Criminais (VEC), o projeto possibilitou a ressocialização de quase 100
ex-presidiários.
Segundo Jamil Aguiar, os presos com bom comportamento têm direito a saída
temporária, participam de cursos e palestras, e podem trabalhar. "Se não houver
reincidência, o tempo fora da prisão pode ser prorrogado várias vezes", explicou
o juiz.
PARTICIPAÇÃO De acordo com os termos do convênio de cooperação, o Tribunal
será o órgão gerenciador, responsável pela divulgação, acompanhamento,
fiscalização e ampliação das parcerias necessárias à execução do programa
"Liberdade e Dignidade".
Já o Ministério Público se comprometeu a acompanhar e promover o
encaminhamento de egressos do sistema prisional que estejam em regimes
semi-aberto e aberto para serem incluídos no programa "Liberdade e Dignidade".
"Poderemos, ainda, requerer conversão de penas e revogação do livramento
condicional, no caso de descumprimento das condições", acrescenta o
procurador-geral de Justiça, Francisco das Chagas Barros de Sousa.
Entre as diversas atribuições da Defensoria Pública no convênio, destaca a
defensora-geral, Ana Flávia Sampaio, está a participação no levantamento, junto
à VEC e demais parceiros, dos presos provisórios passíveis de penas restritivas
e maior celeridade na conclusão dos processos relativos a esses casos.
"Estamos nos comprometendo a apoiar a VEC nas ações necessárias ao
acompanhamento dos presos em regimes semi-aberto e aberto, além de buscar formas
de envolver as empresas que prestam serviço ao Estado na oferta de vagas de
trabalho ao público-alvo", disse a secretária de Estado de Segurança Cidadã,
Eurídice Vidigal.
O convênio também envolve a OAB, como entidade de apoio à Defensoria Pública
nas atividades de capacitação técnica sobre a aplicação das penas restritivas de
direito.
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