Os
policiais federais já estiveram no apartamento do ex-governador José Reinaldo
Tavares e na casa de Ney Bell.A Polícia Federal iniciou por volta de 5h de hoje
em São Luís a Operação Navalha. Estão sendo desenvolvidas diligências nos
bairros do Calhau e Ponta d´Areia. O objetivo de prender funcionários públicos e
empresários envolvidos em fraudes de licitações do governo federal. Os policiais
federais já estiveram no apartamento do ex-governador José Reinaldo Tavares e na
casa de Ney Bello.
A Operação
Cerca de 400
policiais federais estão moblizados nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato
Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal
para cumprir cerca de 40 mandados de prisão preventiva e 84 mandados de busca e
apreensão,decretados Ministra Eliana Calmon do Superior Tribunal de Justiça.
Entre os presos estão diversas autoridades públicas, bem como funcionários e
intermediários da Empresa Gautama, sediada em Salvador-BA, que operava uma
organização criminosa infiltrada no Governo Federal, e em governos estaduais e
municipais. Desde o início das investigações, em novembro de 2006, os policais
federais responsáveis pela investigação constataram a atividade de uma
Organização Criminosa cujo objetivo principal era a obtenção de lucros através
da execução de obras públicas, organizada e estruturada para a prática de
variados delitos, como fraudes em licitações, corrupção passiva e ativa, tráfico
de influência e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes de igual gravidade. O
esquema criminoso visava em primeiro lugar, garantir o direcionamento de verbas
públicas, no âmbito federal e estadual, para obras de interesse da organização;
em segundo lugar garantir a vitória em certames licitatórios de empresas por ela
patrocinadas e, por fim, assegurar a liberação de pagamentos de obras
superfaturadas, irregulares ou mesmo inexistentes. No nível federal a quadrilha
desviou recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das
Cidades, do Planejamento, e do DNIT; no nível estadual as fraudes ocorreram nos
estados de Alagoas, Maranhão, Sergipe, Piauí e ainda no Distrito Federal; já no
nível municipal estavam envolvidas autoridades das de cidades Camaçari-BA e
Sinop-MT Além das prisões e buscas a Ministra Relatora determinou também o
bloqueio de contas e a indisponibilidade dos bens imóveis dos integrantes do
esquema, e que todos os presos sejam trazidos a Brasília, onde permanecerão à
disposição do Juízo. Para o transporte dos presos a Polícia Federal montou um
esquema, utilizando sua aeronave EMB 145 e policiais da Coordenação de Aviação
Operacional e do Comando de Operações Táticas. Toda a investigação ocorreu sob
coordenação da Diretoria de Inteligência Policial, com apoio da área de
inteligência da Controladoria-Geral da União, e o cumprimento dos mandados conta
com reforço de policiais das diversas unidades do DPF. Hierarquia da Organização
Criminosa
A
investigação da PF aponta que a Organização Criminosa era estruturada em três
diferentes níveis, no primeiro deles figuram as pessoas diretamente ligadas à
construtora Gautama, no segundo estão os auxiliares e intermediários, em
especial aqueles responsáveis pelo pagamento das propinas, no terceiro nível
aparecem autoridades públicas que, na estrutura da quadrilha, possuíam o papel
de remover obstáculos à atuação delituosa do grupo. Entre os métodos utilizados
pela quadrilha está o custeio de viagens de autoridades estaduais a Brasília
para defender os interesse criminosos do grupo. O esquema era estruturado de
maneira a garantir a atuação criminosa, independente do poder político local.
Durante as investigações, equipes policiais da Diretoria de Inteligência
vigiaram os passos dos criminosos e identificaram situações em que autoridades
públicas recebiam, de membros da Organização Criminosa, vultosas quantias em
espécie, e em alguns casos foram também constatados recebimentos de outras
vantagens, entre elas carros de luxo. Já no início as investigações apontaram
ramificações da quadrilha em vários estados e o envolvimento de pessoas com
prerrogativa de foro, o que implicou que os procedimentos corressem perante o
Superior Tribunal de Justiça, e por determinação da Ministra Relatora, em
Segredo de Justiça. Prisões e Buscas
No total
serão cumpridas 84 Buscas e mais de 40 prisões conforme a lista abaixo:
AL: 11 MB
BA: 19 MB
DF: 22 MB
GO: 1 MB
MA: 13 MB
MT: 3 MB
SE: 6 MB
PE: 2 MB
PI: 6 MB
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