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A Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), por meio de sua Ouvidoria, reuniu, recentemente, com representantes da sociedade civil e de movimentos sociais do polo do Coroadinho, com vistas a estabelecer diálogo com a comunidade e desenvolver estratégias que possibilitem a concretização do acesso a políticas públicas naquela região. Os moradores expuseram vários problemas concernentes à segurança, saúde, infraestrutura, educação, dentre outros, e aproveitaram a oportunidade para solicitar que a DPE seja intermediária de suas demandas perante o poder público. A roda de diálogo foi conduzida pelo titular do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente, o defensor público Gabriel Santana Furtado.
A defensora geral do Estado, Mariana Albano de Almeida, destacou a importância do encontro para reforçar os laços de proximidade entre diversos atores que lutam por melhorias nos bairros, da capital e no interior do estado. “A Defensoria Pública, exercendo seu papel de agente de transformação social, deve estreitar relações com as comunidades que mais precisam, sobretudo nas periferias, onde temos uma grande demanda, como é o caso do polo do Coroadinho. A instituição está atenta a sua necessidade e tem tentado mobilizar defensores, servidores e demais núcleos especializados para atuar dentro da comunidade por meio de ações sociais, mutirões e forças-tarefas”, disse.
Segundo moradores do bairro, uma das maiores dificuldades do local é a falta da segurança e a abordagem feita por alguns policiais. “A população de bem é que tem sofrido preconceito, sendo abordada de forma desumana e até mesmo truculenta pelos policiais. Acreditamos que antes de nos abordar, a polícia deveria identificar os bandidos que circulam livremente nas ruas do Coroadinho e depois prendê-los”, disse uma moradora que preferiu não se identificar. Além disso, problemas com esgotos a céu aberto, falta de segurança nas escolas da região, ruas sem asfaltamento também entraram em pauta da reunião.
“A Defensoria, por meio de seus núcleos especializados e equipes multidisciplinares, deverá focar em atuações de caráter permanente no bairro e buscar, extrajudicialmente ou judicialmente, ações que melhorem a vida desses moradores. Para isso, deveremos mapear com apoio dos Creas, Cras, Conselhos Tutelares, associações e demais entidades representativas, as principais necessidades dos cidadãos daquela localidade”, explicou Gabriel Furtado.
Para o corregedor geral da DPE, Antonio Peterson Rego Leal, ainda há uma cultura de segregação social. “É importante que a comunidade e instituições legalmente constituídas desenvolvam estratégias e ações que desconstruam, a médio ou longo prazo, a imagem pejorativa arraigada na periferia como um todo e alimentada, muitas vezes, pela mídia, o que impede o cidadão de bem de exercer seus direitos básicos”, frisou.
A ouvidora da DPE/MA, a assistente social Rosicléia Machado Barbosa Costa, informou que eventos deste tipo vão continuar e que a intenção é ouvir as pessoas, dando-lhes a oportunidade de expor seus problemas e anseios. “Vamos conversar com a comunidade, visando à melhoria da relação interpessoal com o assistido para transformar a cultura da reclamação em uma relação de cooperação e participação, garantindo uma escuta qualificada onde todos, neste diálogo, tenham espaço para falar e escutar”.
A Defensoria Pública tem, ao longo dos anos, realizando atividades em diversas áreas no bairro do Coroadinho e adjacências. No último mês de junho, inclusive, participou da ação social, promovida pela Polícia Militar, em comemoração aos seus 179 anos de fundação. Na ocasião, uma equipe multidisciplinar da DPE ofereceu assistência jurídica e psicossocial durante todo o dia aos participantes da ação. Os serviços foram concentrados no Viva do Coroadinho (Alto São Sebastião). Além deste, a DPE também já realizou ações sociais na região, como por exemplo, no Morro do Zé Bombom levando cidadania e inclusão social a milhares de moradores da área.
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