Reconhecimento: Ser pai é legal

11/08/2014 #Administração
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Há aproximadamente um ano, o dia dos pais de Alessandro Aguiar, de 22 anos, deixou de ser apenas uma data para comemorar a presença do seu pai e os preciosos ensinamentos que hoje influenciam diretamente em suas atitudes. Em 2013, o segundo domingo do mês de agosto ganhou um motivo a mais para ser comemorado, com a chegada do pequeno Vinícius Gabriel, de dois anos.  A paternidade não foi planejada e o filho surgiu de um descuido durante um breve namoro. Foi então que ele solicitou o teste de DNA através do projeto da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA), “Ser Pai é Legal”.

“A gravidez após o meu relacionamento rápido me deixou desconfiado. Quando soube, resolvi fazer o teste de DNA e deu positivo. Fiquei muito feliz, o Vinícius é o meu primeiro filho”, diz Alessandro Aguiar.

Mesmo não parecendo muito com o pai, o pequeno Vinícius Gabriel conquistou o carinho do avô, o vigilante Luís Carlos Nunes Aguiar, 49 anos, que ficou apaixonado pelo neto desde a primeira vez que o viu. Luís acompanhou todo o processo no projeto Ser Pai é Legal e disse que mesmo se o resultado do exame fosse negativo, ele iria tentar adotar a criança.

“A gente correu atrás, soubemos do projeto e nos informamos mais a respeito. Quando saiu o resultado fiquei muito feliz, Gabriel é a melhor coisa da nossa vida. Acredito que toda criança deve ter o nome do pai na certidão, isso é muito importante e quando olhei Gabriel, meu coração avisou que ele era meu neto”, fala emocionado o vovô.

Alessandro e uma série de outros pais puderam ter a confirmação da paternidade após a realização do exame de DNA gratuito, garantido pelo projeto da DPE-MA. A iniciativa surgiu em 2011, a partir da atuação nas varas da família, de onde saiam diversas expedições de reconhecimento de paternidade. “O juiz sempre perguntava se a 5° Vara da Família ou a defensoria tinham condições de bancar. A demanda foi surgindo e a vara buscou parceria para reduzir o gasto e diminuir o tempo de espera, a Fiema apostou na ideia e acabou se tornando a nossa parceira no custeio dos exames”, pontua a defensora geral do Estado, Mariana Albano de Almeida.

A maioria das solicitações do teste é feita pelas mães, elas apresentam a necessidade ou interesse e o suposto pai é convidado a fazer o exame. Ele decide se quer ou não se submeter ao DNA. Em três anos de projeto, aproximadamente 500 famílias com vulnerabilidade socioeconômica participaram do projeto e muitos filhos puderam ter o reconhecimento afetivo e o nome do seu pai na certidão de nascimento. A média é de trinta exames por mês e antes da aceitação, a defensoria explica que há sempre uma resposta negativa antes das mães chegarem ao DPE.

“O reconhecimento de paternidade que a mãe busca se torna importante, porque mesmo que existam relações efêmeras, elas acabam assumindo a paternidade, mas dando valor a figura do pai. O projeto evita que elas se exponham na justiça e um processo de judicialização”, finaliza Mariana.

No caso de Alessandro e Vinícius, não foi a mãe que buscou a comprovação através do exame. Uma exceção que infelizmente é rara, mas que nesse caso trouxe só felicidades e um motivo a mais para comemorar o dia dos pais.

“Hoje Vinicius mora com os meus pais, que dão todo o carinho do mundo para ele. No inicio não foi fácil, mas eu fui conquistando o meu filho aos poucos”, afirma Alessandro Aguiar.

Fonte: Jornal O Imparcial On line

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