A coordenadora do Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Ciapd), da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), Lívia Carvalho, ministrou palestra sobre a temática “Direitos da Pessoa com Deficiência”, durante o I Seminário Maranhense sobre Neuroeducação da Uema, no Auditório do Curso de Ciências Biológicas – Campus Paulo VI. O evento foi realizado pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio do Núcleo Interdisciplinar de Educação Especial (Niesp), nos dias  14 e 15.

De acordo com Lívia Carvalho, eventos dessa natureza são importantes “porque propiciam um espaço de debates entre profissionais que militam em prol do segmento, além de disseminar experiências, práticas e canais de denúncias de violação dos direitos das pessoas com deficiência, voltado a fortalecer a luta pela efetivamente da inclusão responsável e respeito à acessibilidade nos diversos espaços socioeducacionais de São Luís”. Na ocasião, destacou a atuação da Defensoria realizada por meio do Núcleo de Defesa da Pessoa com Deficiência e do Ciapd.

O evento congregou educadores e pesquisadores de várias instituições e tem como objetivo estabelecer um espaço propício para debates e exposições de experiências acadêmicas entre professores, pesquisadores, estudantes, profissionais de educação e interessados na temática do seminário.

Para abrir a programação, foi ministrada a palestra “Sistema Inclusivo de Ensino no Brasil. É possível acolher a diversidade humana em toda a sua plenitude?”, ministrada pela professora Valdelúcia da Costa.

De acordo com a pesquisadora, a inclusão na educação é algo tão eficaz, que traz benefícios não só para portadores de necessidades especiais, mas até mesmo para os alunos ditos sem deficiências. “Nossas pesquisas comprovam não somente no Brasil, mas nos países como o México, por exemplo, que a inclusão tem contribuído para melhorar a qualidade da educação voltada para crianças e adolescentes sem deficiência, ou seja, é importante para todo mundo”, afirmou Valdelúcia.

O seminário trouxe, ainda, palestras sobre “Direito das pessoas com deficiência”, “Prática Neuroeducativa dos distúrbios de aprendizagem”, “Avaliação inclusiva”, “Neociência e a complexidade cerebral na sala de aula”.

A coordenadora do Niesp, a professora Marilda Rosa destacou os avanços da Uema, no sentido de se tornar uma Universidade mais inclusiva. “Nós temos alunos com mobilidade, com lesão cerebral, isso para uma Uema é um grande passo, tendo em vista que nós trabalhamos em via de um desenvolvimento melhor, de repensar. Hoje nós discutimos muito a emergência de múltiplos paradigmas, o que significa repensar essa prática pedagógica, o perfil profissional”.

A Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina a neurociência, psicologia e educação, e tenta usar descobertas sobre aprendizagem, memória, linguagem e outras áreas da neurociência cognitiva para informar os educadores sobre as melhores estratégias de ensino e aprendizagem. Cada vez mais, os professores precisam saber sobre como seus alunos aprendem e memorizam informações ensinadas.

Estiveram presentes na solenidade de abertura do seminário, a diretora do Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais (Cecen), Andréa de Araújo, que na oportunidade representou o reitor José Augusto Oliveira; o professor Jackson Ronie da Silva (Uema); a coordenadora do Niesp, Marilda Lopes Rosa; a professora Valdelúcia da Costa (UFF), além da professora Selma Campbel (UFRJ).