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A Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica de Imperatriz realizou, no último dia 25, uma série de debates alusivos à campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. Iniciando as atividades, foram ministradas palestras educativas a novos integrantes da corporação da Polícia Militar, com vistas a capacitá-los para o enfrentamento da violência contra a mulher.
O evento, coordenado pela Secretaria da Mulher de Imperatriz, contou com a parceria do Núcleo Regional da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), em Imperatriz, do Centro de Referência e Atendimento à Mulher, da Vara da Mulher e da Promotoria da Mulher.
A defensora pública Nívea Viegas, que atua no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica, ressaltou que “faltam políticas públicas específicas para as mulheres, além de mecanismos eficazes na recuperação do acusado, como atendimento especializado em centros de ressocialização”, disse. Ela lembrou, ainda, que houve avanços na área em Imperatriz, a partir da implementação da Lei Maria da Penha e da atuação específica da Defensoria na orientação e defesa da mulher.
A defensora Isabella Miranda, que também atua na Vara da Mulher da comarca de Imperatriz, destacou como desafio no combate à violência a execução ,pelo poder público, de estratégias públicas permanentes de prevenção. “A punição tem sido apontada pela mídia como a solução do problema. Entretanto, o que precisamos é desconstruir a cultura machista em que vivemos, através da educação pautada na igualdade de gêneros e na desconstrução dos estereótipos masculino e feminino que naturalizam a violência contra a mulher. Essa forma de violência é uma questão social e atinge, sobretudo, as camadas menos favorecidas. Violência doméstica em famílias ricas se resolve no consultório do psicólogo. Em famílias pobres, se resolve em vara criminal”, afirmou.
Até o dia 10 de dezembro, a Defensoria Pública continuará realizando palestras e debates sobre o tema com a finalidade de promover a educação em direitos humanos sobre as questões de gênero, buscando conscientizar a sociedade sobre essa forma específica de violência.
A campanha, de abrangência internacional, foi lançada, pela primeira vez, em 1991 e tem por objetivo promover debates e denunciar as várias formas de violência contra a mulher no mundo. O início da campanha aconteceu no dia 20 de novembro em todo o Brasil, em referência ao Dia da Consciência Negra.
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