“Mais de 200 internos, que participaram da rebelião da Casa de Detenção (Cadet) em que resultou na morte de nove detentos e 20 feridos, estão a seis dias debaixo de uma tenda armada na quadra do Presídio de Pedrinhas”, afirmou a ouvidora geral da Defensoria Pública, Mari Silva. Na manhã de hoje, 15, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas será fiscalizado pelos representantes da Defensoria Pública, Secretaria Estadual dos Direitos Humanos, Ordem dos Advogados do Brasil da Seccional do Maranhão (OAB-MA) e demais autoridades da Sociedade Civil Organizada para saber as reais condições desses internos como ainda querem saber sobre o trabalho da Força Nacional, no Maranhão, e um relatório sobre a situação prisional será encaminhada esta semana para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para que sejam tomadas as devidas providências.

A comissão fiscalizadora vai estar por volta das 8h30, na porta do presídio de Pedrinhas. Segundo o vice- presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Rafael Silva, essa visita tem o objetivo de saber onde estão os 600 internos que cumpriam pena na Cadet e quais os verdadeiros motivos que mais de 200 presos estão debaixo de uma tenda a mercê da chuva e do sol aproximadamente uma semana.

Ele falou que essa ação foi planejada a partir de uma reunião que ocorreu, na tarde de ontem, 14, na sede da Ouvidoria. Também almejam saber da direção da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) como será o trabalho dos homens da Força Nacional nos presídios e será formada uma comissão para acompanhar o andamento das obras emergências que possuem o prazo de 180 dias. “Iremos fazer a visita e a partir da será feito um relatório, logo em seguida, encaminhado para Brasília”, afirmou Rafael Silva.

De acordo com o secretário da Sejap, Sebastião Uchoa, que todo e a qualquer meio que possa contribuir para o sistema prisional é uma atitude salutar, mas, está surpreso pelo fato da Ouvidoria da Defensoria Pública não ter convidado para a reunião nenhum representante da secretaria. Ainda falou que a direção da Sejap está aberta para todo tipo de esclarecimento, enquanto, ao trabalho da Força Nacional, na manhã de ontem, ocorreu uma reunião com os diretores, secretários adjuntos, representantes de unidades e o próprio comandante da operação, o tenente-coronel Boges, para planejar o trabalho que esses militares irão desenvolver nas unidades prisionais.

Fonte: Jornal O Imparcial