A Associação Brasileira de Alzheimer Regional Maranhão (ABRAz/MA) realiza até o próximo sábado, 21, o II Simpósio Maranhense sobre a Doença de Alzheimer. O evento, que contou com o apoio da Defensoria Pública do Estado, será encerrado com a IV Caminhada da Memória e o Sarau da Solidariedade, na Avenida Litorânea.

Presente à solenidade de abertura, realizada no auditório da OAB/MA, o defensor geral do Estado, Aldy Mello de Araújo Filho, destacou a importância do evento para esclarecer a população sobre diagnóstico, tratamento e formas de prevenção. “A Doença de Alzheimer ainda é pouco conhecida pela grande maioria da população. Há mitos e estereótipos que precisam ser desconstruídos. Um deles é a ideia de que a doença é hereditária e que só atinge pessoas idosas. Por isso, é preciso que se promovam eventos que divulguem e conscientizem sobre a doença”, comentou.

De acordo com a presidente da ABRAz/MA, Ana Lúcia Azoubel Helal, o evento também tem por objetivo orientar familiares e cuidadores para que possam prestar um acompanhamento adequado à pessoa portadora da doença. “É importante ressaltar que quanto mais cedo a pessoa procurar tratamento, mais facilmente serão minorados os efeitos da enfermidade”, informou.

Dentre os palestrantes, participaram doutores, mestres e especialistas na área da saúde. A palestra de abertura foi proferida pelo geriatra com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), Paulo Renato Canineu, que abordou o tema “Alzheimer: quanto antes souber, mas tempo terá para lembrar”. “Uso de álcool, tabagismo, diabetes, hipertensão, taxa de colesterol, ausência da prática de atividade física, obesidade, histórico de depressão são alguns fatores de risco para a Doença de Alzheimer. O diagnóstico é bastante complexo e requer exames laboratoriais, análise neuropsicológica, rastreamento cognitivo e avaliação multidisciplinar. 95% dos casos não tem componente hereditário”, explicou.

A coordenadora do Centro de Apoio e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa (Ciapvi), da DPE/MA, Isabel Lopizic, que também é presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (Cedima), foi uma das palestrantes do segundo dia de discussões. Ela participou da mesa redonda “A violência nas demências”, coordenada por Adriana Nogueira, da ABRAz.

Como parte da programação do Simpósio, no próximo sábado, 21, a partir das 15 horas, na Avenida Litorânea, será realizada a IV Caminhada da Memória e o Sarau da Solidariedade, pela passagem do Dia de Conscientização da Doença de Alzheimer (21 de setembro). A mobilização visa levar à sociedade informações sobre a doença, assim como oportunizar às pessoas com Alzheimer a participarem de uma atividade lúdica, de socialização e de integração.

A IV Caminhada da Memória será encerrada com o II Sarau da Solidariedade, às 17h, também na Avenida Litorânea, em frente à Praça do Pescador.

A ABRAz é uma entidade sem fins lucrativos que atua na área da educação em saúde, formada por profissionais voluntários de diversas áreas de saúde, familiares de pessoas com Doença de Alzheimer (DA) e cuidadores.