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Dezenas de pessoas procuraram a Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) na manhã desta quinta-feira (9), em busca de atendimento jurídico e social sobre ações relacionadas ao reconhecimento de paternidade. Destas, 75, entre mães, filhos e supostos pais se submeteram ao exame de DNA, que foi disponibilizado pela instituição em sua sede, na Praia Grande. A atividade, que antecipou as comemorações alusivas ao Dia dos Pais, marcou também o aniversário de um ano do Projeto Ser Pai é Legal, que já realizou mais de 130 exames gratuitos de investigação de paternidade (DNA), beneficiando crianças, adolescentes e adultos cuja filiação paterna era desconhecida.
Uma grande estrutura foi montada na Praça Nauro Machado para receber pais, mães e filhos, com seis postos de atendimento. Defensores públicos, servidores e assistentes sociais se revezaram nas orientações e encaminhamentos para o laboratório montado no prédio da DPE, onde foram colhidas amostras de sangue para o exame de DNA, autorizado mediante o consentimento da mãe e do suposto pai.
Para o defensor geral Aldy Mello Filho, uma parcela significativa das famílias tem resolvido a questão, sem a necessidade de ingressar com ações na justiça para reconhecimento da paternidade, cumprindo uma das metas do Projeto Ser Pai é Legal. “A paternidade vai além do pagamento da pensão alimentícia e da partilha de bens hereditários, envolvendo a constituição de valores da singularidade da pessoa humana e da sua própria dignidade, que vão sendo construídos durante a convivência familiar, especialmente na infância e adolescência”, destacou o defensor geral, desejando aos presentes um Dia dos Pais festivo e harmonioso.
O Projeto Ser Pai Legal é desenvolvido em parceria com a Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), por intermédio do Serviço Social da Indústria (Sesi). Segundo o defensor público Gabriel Furtado Soares, titular do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente da DPE, que participou do atendimento, a iniciativa da Defensoria Estadual é exemplar porque contribui com a redução dos subregistros e registros incompletos, prática recomendada e estimulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para considerar que um determinado país cumpre com o seu papel na garantia dos direitos de crianças e adolescentes. “O Projeto é responsável por uma mudança de perspectiva na nossa atuação, onde o foco para a resolução de problemas dessa natureza não é mais o jurídico e sim o social”, afirmou.
Ainda como parte da programação, foi realizada uma palestra ministrada pela psicóloga Jackeline Galdino, sobre o tema “Pais Possíveis”. Ela explicou que, assim como a sociedade, os pais já não são os mesmos e, portanto, precisam assumir novos papeis. “Nenhum homem nasce pai, ele se torna. Para tanto, é preciso dedicação, a presença física e emocional é muito importante para a criação. Não existem pais perfeitos, existem pais possíveis”, ponderou.
Aprovação - Durante a movimentação na Praça Nauro Machado, os pais elogiaram a ação social promovida pela DPE. A dona de casa Eline Conceição Silva, levou a filha de quatro anos para fazer o exame de DNA, acompanhada do suposto pai, o auxiliar de serviços gerais Eduardo Viana. “Hoje estamos morando juntos, mas para não haver dúvidas procuramos a Defensoria para fazer o exame. Quero a reconhecer a criança e se não fosse a Defensoria não teríamos condições de pagar para fazer o teste”, contou.
Para estimular o filho Alessandro a reconhecer o bebê de cinco meses, fruto de relação passageira com a estudante Joelma Silva, o vigilante Luís Carlos Aguiar fez questão de ir à Praça Nauro Machado. “O meu filho não tem certeza, mas nós nos apegamos à criança e, portanto, estou dando forças para ele legalizar a situação. Vai ser um maravilhoso presente do dia dos pais, se eu descobri que sou avô do meu primeiro neto”, disse.
Participaram das atividades na Praça Nauro Machado, a subdefensora Mariana Albano de Almeida, a corregedora da DPE, Fabíola Barros, a coordenadora do Núcleo Psicossocial, Silene Gomes, as defensoras públicas Cristiane Fonseca, Glaiseane Carvalho e Elaine Alves do Rêgo Barros, além de representantes de vários Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) com atuação na grande São Luís.
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