Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) promoveu uma série de atividades ontem na Praça Nauro Machado, na Praia Grande. A homenagem alusiva às conquistas da mulher trouxe também discussões sobre as várias formas de violência que ainda atingem esse público. No ano passado, mais da metade dos atendimentos da instituição foi prestada a mulheres.

Na véspera do dia dedicado às mulheres, ontem, a DPE ofereceu apresentações artísticas e culturais e tratamentos de beleza para todas as pessoas do sexo feminino que passavam pela Praia Grande, no Centro Histórico de São Luís. O evento teve também o lançamento da cartilha Somos Iguais, que detalha as ações e programas voltados para a defesa e promoção dos direitos das mulheres e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneres).

Quem participou da homenagem acompanhou as apresentações culturais e também as discussões sobre as várias formas de violência que atingem o público feminino. Segundo a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Luiza Oliveira, os casos de assédio moral e salários mais baixos em relação aos dos homens ainda são muito frequentes. “Nós vivemos em uma sociedade preconceituosa em que muitas vezes a ideia de direitos iguais implica uma mulher ser comparada a um homem e isso é totalmente errado”, disse.

Com o crescimento no número de mulheres que buscam a Defensoria, foi criado o Núcleo de Defesa da Mulher para atender a toda essa demanda. Apenas em 2011, 107.120 atendimentos foram prestados só para mulheres entre 183 mil atendimentos realizados.

Segundo o defensor-geral Aldy Mello de Araújo, a violência doméstica ainda prevalece sobre os casos de violência contra a mulher, mas o número de denúncias tem aumentado. “Muitas vítimas querem apenas resolver o seu problema e não processar o agressor por medo ou dependência, mas esse é um crime que precisa ser apurado e o trabalho de conscientização e acompanhamento da vítima já começa a mudar esse quadro”, afirmou.

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No ano passado, o Disque-Denúncia registrou 246 casos de violência contra a mulher. Esse total representa um aumento de 40% em relação ao ano anterior.

Fonte: jornal O Estado do Maranhão