A Defensoria Pública do Estado foi uma das dezenas de instituições que participaram, nesta quarta-feira (4), da Marcha contra a Violência, organizada pela Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz de São Luís. Com faixas que demonstravam o clamor da sociedade por mais segurança, o cortejo passou pelas ruas do Centro e atraiu a atenção de quem passava pelas vias.
O protesto foi também uma forma de lembrar a morte do seminarista Mário Dayvit, assassinado no dia 4 de julho na porta de sua casa após um assalto. A participação da DPE/MA no protesto público foi marcada pela presença do defensor público-coordenador do Núcleo de Moradia e defesa Fundiária, Alberto Tavares. Empunhando uma das dezenas de faixas em que as frases faziam alusão ao protesto, Tavares disse que “os locais de grande perigo nas cidades onde ocorrem boa parte dos crimes, são conseqüência da ausência de força do poder público. “Quando o poder público não age, o poder do crime toma conta da situação”, declarou.
A caminhada partiu pouco depois das 16h da Igreja da Sé e seguiu pelas ruas Grande, do Passeio, Cajazeiras e São Pantaleão. Nesta, foi celebrada na paróquia do bairro a missa de 30º dia da morte do seminarista. Durante o percurso, vendedores e clientes que passavam pelas ruas no momento do cortejo endossavam a causa. A vendedora de uma loja de cosméticos, Andréa Firmino, disse não ter tido conhecimento do assassinato do religioso, mas aprovou a caminhada. Para ela, deveria haver mais protestos pacíficos semelhantes ao realizado, para buscar cada vez mais a sensibilização do poder público. “Nós deveríamos fazer manifestos como esse para demonstrar nossa indignação. As idéias têm que sair do papel e precisam ser colocadas em prática”, afirmou.
Segurança - O secretário da Pastoral da Juventude, Ronald Rabelo, lembrou que uma semana após o assassinato de Mário Dayvit uma comissão esteve reunida com o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, para discutir o policiamento nas ruas do centro comercial. “Durante a reunião, nós percebemos que existe um empenho muito grande da polícia em deixar a população mais tranqüila. Porém, os recentes acontecimentos mostram que ainda é necessária mais segurança”, observou Rabelo.
O padre Orlando Ramos destacou que muitas pessoas ainda estão assustadas com o número de assaltos e furtos em áreas próximas das igrejas. Reflexo disso é o número de fiéis que trocaram o horário de freqüentar as missas. “Hoje, nós continuamos recebendo a maior parte dos devotos nas missas realizadas na parte da manhã, mesmo com o reforço do policiamento. O trabalho da polícia tem que ser constante, para se evitar problemas dessa ordem e não apenas pontuais”, considerou o padre.
Fonte: Defensoria Pública com informação do Jornal O Imparcial
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