Foto:
Três defensores públicos do Estado com atuação nas áreas de execuções penal e criminal participaram, no último final de semana, do lançamento da 5ª edição do Programa Liberdade com Dignidade, idealizado e executado pela Vara de Execuções Criminais e Penais, em parceira com parceiros como o Governo do Estado, Poder Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público Estadual e seccional da OAB/MA.
Pela DPE/MA, participaram do lançamento os defensores públicos Diego Oliveira e Murilo Guazelli, com atuações nas Varas de Execuções Penais e Criminais, e Adriano Jorge Campos, do Núcleo do Júri de São Luís. Na 5ª edição do programa, 236 presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e do Crisma, foram beneficiados, sendo que 83 foram transferidos para internação na Casa do Albergado e outros 153 ganharam o direito ao trabalho pelo regime semi-aberto. A iniciativa do juiz Jamil Aguiar da Silva é pioneira no país e representa para o Estado uma economia de mais de R$ 132.800,00 mil nos custos da população carcerária, já que cada interno das unidades prisionais custa aos cofres públicos cerca de R$ 1.600,00 ao mês.
Com essa desvinculação, esse valor deveria ser utilizado, segundo Jamil Aguiar em um maior investimento em programas de ressocialização e para o acompanhamento das famílias e dos próprios ex-presidiários. “Esse valor poderia ser destinado inclusive ao pagamento de equipes multidisciplinares formadas por psicólogos e assistentes sociais, porque todos nós sabemos que quando uma pessoa vai presa toda a sua família fica acorrentada a esse estigma”, opinou.
Para fazer parte do Programa Liberdade e Dignidade, o preso tem que atender às exigências estabelecidas pela VEC, como ter bom comportamento no presídio, não ter se envolvido em qualquer tipo de conflito nos últimos 12 meses e estar há mais de seis meses gozando de regime semi-aberto. “A própria seleção deste ano revela que os critérios utilizados são bastante rígidos. No início da seleção tínhamos 134, depois 99 e agora estão saindo 83” , relatou o idealizador do projeto. Além dos 83 beneficiados pelo programa, este ano a VEC também autorizou a mudança de regime de 153 internos. Agora, eles não precisarão retornar ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas para dormir, pois eles ficarão na Casa do Albergado.
A intenção é evitar o contato das pessoas que estão em processo de ressocialização mais avançado que os demais. “Em alguns casos, já foi constatado que as pessoas que estão em regime semi-aberto são obrigadas a retornar ao presídio com drogas ou qualquer outro tipo de produto para os chamados líderes. Fazendo isso, nós estaremos quebrando esse vínculo”, destacou Jamil de Aguiar.
Há 60 dias
Há 60 dias
Há 60 dias
Há 60 dias
Qual o seu nível de satisfação com essa página?