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Colóquios, seminários, apresentação de peças teatrais de grupo de idosos e panfletagem em terminais de integração, hospitais e agências bancarias marcaram a programação da Campanha de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa, encerrada, nesta segunda-feira (14), um dia antes da data em que é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa. A campanha foi coordenada pela Defensoria Pública do Estado (DPE), em parceria com os conselhos Municipal e Estadual dos Direitos do Idoso.
O encerramento da programação, realizado na Praça Nauro Machado, teve a presença do defensor geral do Estado, Aldy Mello de Araújo Filho; dos presidentes dos conselhos Estaduais e Municipais dos Direitos do Idoso, Marcos Passinho e Ivaneide Giacomini; da coordenadora do Centro de Apoio e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa (Ciapvi), Izabel Lopizic; e de grupos da terceira idade. O defensor geral do Estado, Aldy Mello de Araújo Filho, avalia como positivo o período da campanha. "Esta semana foi muito produtiva. Todos os órgãos de proteção apresentaram suas ações, seus programas de atuação, na perspectiva de um trabalho que se desenvolve em rede. Hoje, temos o Estatuto e a Política Nacional do Idoso, mas que só funcionam enquanto sistema se houver a articulação de uma série de atores sociais, entre eles, a Defensoria Pública e os Conselhos de Direito", ressaltou.
De janeiro a maio deste ano, a Delegacia de Proteção ao Idoso registrou 1.260 ocorrências contra a pessoa idosa. Neste mesmo período, o Ciapvi, da DPE/MA, atendeu 862 casos, dos quais 204 sofreram algum tipo de violência. O índice de violência contra idosos no Brasil, segundo informou o defensor geral, aumentou a ponto de hoje ser encarado como um grave problema de saúde publica. No Maranhão os idosos representam 7,3% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Izabel Lopizic explica que as violências praticadas contra idosos sempre existiu e que hoje ela "mostra mais sua cara", por conta das pessoas terem espaço de denúncia e saber que seus direitos são garantidos. "Hoje existe no Maranhão uma rede de atendimento à pessoa idosa que dar realmente garantia a esses direitos", destacou Izabel.
A aposentada Benedita Moura, de 75 anos, disse que a falta de respeito à pessoa idosa é vivenciada quase que diariamente. "Poucas pessoas respeitam os nossos direitos. Hoje, por exemplo, quando estava vindo para cá peguei ônibus lotado e ninguém teve a consideração de ceder seu lugar para mim, que é um direito meu. Temos que reclamar para podermos fazer valer nossos direitos", desabafou. Os casos de violência contra o idoso são variados: danos morais, constrangimento ilegal, violação em domicílio, estelionato, descriminação de pessoa idosa, injúria, calúnia e difamação, entre outros. O maior número de registro é de violência psicologia, seguido de abuso financeiro e negligência. A grande maioria agredida é formada por mulheres. As vítimas do sexo masculino sofrem mais com a violência fora do ambiente familiar.
A violência contra a pessoa idosa pode ser denunciada na Defensoria Pública, localizada na Rua da Estrela, 421, Centro; na Delegacia do Idoso, na Beira Mar; na Promotoria do Idoso, na Avenida Carlos Cunha, Calhau e nos conselhos Municipal e Estadual dos Direitos do Idoso, localizados, respectivamente, na Rua Saavedra, 160 e Rua da Palma, 19, Centro. As denúncias também podem ser feitas pelos telefones: 3221-6110, 3221-3381, 3219-1816, 3214-1076, 3231-3733 e pelo Disque Denúncia 03003135800.
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