Honrados e venturosos junto à opinião pública são as instituições, órgãos e entidades que se dedicam, em meio a todas as turbulências sociais, ao bem-estar ou a serviço do povo. Principalmente junto às camadas populares pauperizadas . São poucos, é certo, contudo existem.
A Defensoria Pública do Estado do Maranhão é um desses órgãos bem ditosos!
Levar a Justiça, o Direito, o império da Lei e o Juízo a todos os quadrantes do naipe social, a exemplo do inquérito, do apoio e da prevenção à violência, da defesa do idoso e das pessoas, da infância e da juventude etc., não é, seguramente, tarefa fácil, sabendo-se que os governantes, principalmente estes, agem, contundentemente até, contra os reclamos da massa popular desprovida de recursos financeiros para custear-lhe a defesa.
A Defensoria Pública, em seus vários setores ( varas cíveis, da Fazenda Pública, da Família, criminal, da Infância e da Juventude ) atua num leque jurídico de largo espectro, inclusive com subórgãos na hinterlândia maranhense, a exemplo de Caxias, de Bacabal e outras mais localidades. E aqui, neste aspecto, a sociedade maranhense gostaria de vê-la com sua capacidade plena de autonomia em nível orçamentário, administrativo e financeiro, inclusive ensanchando seu quadro de profissionais que são, como se sabe, poucos para o volume de demandas populares. E isto, paradoxalmente, a Gestão estatal não vê ou omite-se de reconhecê-lo.Aliás, diga-se en passant, que seu quadro de profissionais é integrado por inteligências novas, renovadas, scholars ( que ainda não chegaram aos 50 anos, por exemplo !), a exemplo de Adriano Campos ( meu colega no UniCEUMA ), Ivanilde Mesquita, Eduardo Silva, Tatiana Rufino, Luiz Nunes, Adia Ataíde e outros mais que involuntariamente esqueço.
São mentes novas, plenamente identificadas com os novos tempos de anseios de Justiça Social!
Os esforços competentes de Ana Flávia Sampaio, Denise Dantas e José Augusto Oliveira já são sobejadamente conhecidos de todos nós.A distância, a sociedade maranhense acompanha seu labor intelectual e pragmático, com admiração.
Quando se passa defronte do prédio colonial, lá na Praia Grande, e se constata in loco o número numeroso de homens e mulheres ( do povo ) à espera de ajuda jurisdicional, é que se pode à vol-d´oiseau compreender o esforço laborioso profissional dos que fazem a Defensoria Pública do Estado do Maranhão.
2008 foi um ano de digno trabalho desse órgão, esperando eu, como cidadão do tecido social civil, que 2009 assista alegre e confiante à ampliação competente, em todas as direções do juízo, dos serviços jurisdicionais da Defensoria Pública do Estado do Maranhão.
* Ramiro Azevedo
Jornalista e professor-DRT-52
