A autonomia financeira da Defensoria Pública do Maranhão foi tema de discussão
(terça-feira, 30) entre o deputado-presidente da Assembléia Legislativa,
deputado João Evangelista (PSDB), o presidente da seccional maranhense da OAB,
José Caldas Góis, e a Defensora Pública-Geral do Estado, Ana Flávia Melo e
Vidigal Sampaio. A reunião acorreu no gabinete da Presidência e também foi
acompanhada pelos deputados Pavão Filho e Antônio Carlos Bacelar, ambos do PDT.
Segundo explicou Caldas Góis, a questão da autonomia financeira da Defensoria
Pública já está prevista na Constituição Federal e falta esta norma à
Constituição Estadual. "Trata-se de uma determinação constitucional que já está
sendo cumprida por 84% dos estados brasileiros. A nossa Defensoria é uma das
mais fracas e fragilizadas do país", avaliou o presidente da Ordem.
Ana Flavia, por sua vez, disse que a reivindicação é que a Defensoria tenha
uma proposta orçamentária agregada ao Orçamento-Geral do Poder Executivo a ser
votada dentro do calendário orçamentário para vigorar a partir de 2008.
Outro problema apresentado aos deputados pela gestora da Instituição, é o
número insuficiente de defensores. De acordo com Ana Flávia, hoje a Defensoria
Pública tem 44 defensores, número insuficiente para a demanda de atendimento. "A
população mais carente é a mais prejudicada, pela falta de acesso à Justiça",
disse.
Caldas Góis informou que 1/3 dos carcerários do estado permanecem em regime
de reclusão por falta de defensores. "Não estamos pedindo para beneficiar
nenhuma instituição, mas o cidadão que não tem acesso à Justiça. Isso
[carcerários sem defesa], além de ser uma injustiça é um ônus para o estado",
declarou.
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO
Resultado do encontro, foi agendada para esta (quarta-feira, 31), às 15h, uma
reunião entre o secretário Aziz Santos (Planejamento), João Evangelista, Ana
Flávia e Caldas Góis.
João Evangelista destacou a importância da Defensoria Pública e afirmou apoio
à categoria. "Quem é mais beneficiado com os defensores públicos é a população
menos favorecida, que tem o direito de ter assistência jurídica. Portanto, vamos
intermediar o diálogo com o Poder Executivo", assinalou.
Evangelista também falou por telefone com o chefe da Casa Civil, Aderson
Lago, e relatou a situação que estava sendo apresentada ao Poder Legislativo.
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