A deputada
Helena Barros Heluy (PT) voltou a defender na Assembléia a causa da Defensoria
Pública do Maranhão, segundo ela "neste momento em que estamos todos
inquietos com a questão da violência que gera a insegurança pública".
Ao referir-se ao impacto
diante das rebeliões no sistema carcerário e suas conseqüências, Helena afirmou
que o encarceramento se contrapõe a todos os direitos dos seres vivos e falou
sobre as dificuldades com a socialização e a ressocialização dos presos.
Citando Heleno Fragoso, afirmou: "O problema da prisão é a própria
prisão".
Helena Heluy considera a
prisão uma medida excepcional e afirma que o ergastulamento pressupõe tratamento
especial. Considerou a situação dos presos do Maranhão "lamentável e
dolorosa" e garantiu que não há meio de compreender esse sofrimento senão
visitando os cárceres para constatar a realidade.
Segundo a deputada, a solução
mais imediata está na Defensoria Pública. A Defensora Geral do Estado, Ana
Flávia Melo e Vidigal Sampaio, encaminhou uma série de reivindicações à
deputada Helena Heluy para que interfira em favor da Defensoria Pública junto
ao governo do Estado, na condição de presidente da Comissão de Defesa dos
Direitos Humanos da Assembléia.
Em seguida, Helena lembrou que
já fez realizar audiência pública, presidida pela então deputada Teresa Murad,
para tratar do assunto. "Poucos deputados compareceram e a sociedade
também se mostrou indiferente", lamentou. "Presentes estiveram os
defensores públicos, que trabalham por vocação para garantir o acesso dos mais
pobres ao Judiciário".
A Constituição Federal, no
artigo 134 garante que a função da Defensoria Pública é a defesa dos mais
necessitados. Conforme Helena, estatisticamente os mais necessitados beiram 68%
de nossa população.
Baseada em dados que indicam a
existência de um defensor público para cada 119. 802 habitantes, Helena Heluy
pregou a autonomia plena, inclusive financeira, da Defensoria, até para que
possam pensar na ampliação de seus quadros. E reforçou que a superpopulação
carcerária é constituída das pessoas mais pobres que não tiveram direito à
ampla defesa, como garante a Constituição. No Maranhão existem apenas 44
defensores públicos, a maioria em
São Luís, e não são suficientes nem mesmo para a capital.
Reivindicações - Do
documento encaminhado à deputada Helena Heluy e também ao líder do governo na
Assembléia, deputado Edivaldo Holanda (PTC), constam os seguintes pedidos:
Desvinculação da Defensoria
Pública Estadual da Governadoria, face à inconstitucionalidade do artigo 17,
parágrafo 1º da Lei Estadual 8.559, de 28 de dezembro de 2006, diante da
decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADIN 3569-PE; participação da
Defensoria Pública nas reuniões de discussão do Plano Plurianual, juntamente
com as demais entidades autônomas; reconhecimento no Plano Plurianual, na Lei
de Diretrizes Orçamentárias e, por fim, na Lei Orçamentária Anual, da
Defensoria Pública como unidade orçamentária autônoma; acesso aos estudos e
estimativas de receitas para possibilitar a elaboração da proposta
orçamentária; elaboração e envio de proposta orçamentária própria com a
previsão de orçamento autônomo.
Mediante Acórdão do Supremo
Tribunal Federal que acolhe por inteiro o pleito dos defensores públicos,
Helena Heluy pediu, da tribuna, que o Poder Executivo encaminhe à Assembléia, o
projeto de lei, que assegure a autonomia administrativa e financeira da
Defensoria Pública do Maranhão.
Da Assecom / Gab. da dep. Helena Heluy
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