A Câmara dos Deputados pode indicar nesta semana seus representantes para o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP). Esses conselhos, responsáveis por exercer o controle externo do Poder
Judiciário e do Ministério Público, passam por um momento de renovação, depois
de dois anos de existência.
Os concorrentes para as vagas da Câmara são apresentados pelos líderes partidários, e a votação em plenário ocorre de forma secreta, em turno único, com eleição por maioria simples. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, ainda não definiu um prazo para a indicação dos concorrentes.
O Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público foram criados com a reforma do Judiciário e instalados em junho de 2005. O CNJ é composto por 15 conselheiros, e o CNMP, por 14. De acordo com a Emenda Constitucional 45/04, cabe à Câmara indicar um integrante para cada conselho. Os nomes escolhidos são submetidos ao Senado. Se forem rejeitados, a Câmara tem um prazo de 15 dias para indicar novos nomes.
Os atuais representantes da Câmara no CNJ e no CNMP são, respectivamente, os advogados Alexandre de Moraes e Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque Silva. Eles foram escolhidos em maio de 2005 para um mandato de dois anos. É admitida uma recondução ao cargo.
Participação da sociedade
O deputado Valtenir Pereira (PSB-MT) explica que as indicações feitas pela
Câmara e pelo Senado permitem a participação da sociedade civil nos conselhos,
pois os demais integrantes são indicados pelo próprio Poder Judiciário, pelo
Ministério Público e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O parlamentar, que também é defensor público, lembra que, desde a
sua instalação, em 2005, os conselhos buscam aperfeiçoar os trabalhos
desenvolvidos pelo Judiciário e pelo Ministério Público. "O CNJ está
acompanhando as atividades do Poder Judiciário e o CNMP acompanha as atividades
do Ministério Público, eventuais desmandos, eventuais excessos dos promotores de
Justiça." O parlamentar ressaltou como exemplo a edição de uma resolução pelo
CNJ proibindo a contratação de parentes no âmbito do Poder Judiciário. "Foi uma iniciativa do conselho",
destacou.
Fonte: Agência Câmara
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