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A Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), por meio do projeto de reconhecimento de paternidade, realizou nesta terça-feira (8), nas instalações da Escola Superior da DPE/MA, uma nova oficina de parentalidade. O encontro mediado pelo coordenador de Atendimento da DPE/MA, o defensor público Thiago Josino Carrilho de Arruda Macedo, foi seguido pela entrega dos resultados dos exames de DNA efetuados anteriormente.
Idealizada por meio da multidisciplinaridade entre abordagens técnicas e humanizadas, a oficina buscou não somente expor a necessidade da existência do compromisso com bem-estar de crianças e adolescentes – por meio da manutenção dos seus direitos básicos, os quais devem ser atendidos via pensão alimentícia –, mas também pôs em evidência a carência de diálogos e discussões que coloquem a parentalidade para além da assistência econômica, ou seja, que sejam voltadas para a óptica do cuidado, reconhecimento, respeito e comunicação.
“Aqui, nós temos espaço para esclarecer para a sociedade, para os pais, a importância do cuidado, do carinho e do afeto. O cuidado tem um papel importantíssimo para o desenvolvimento da criança, podendo influenciar até mesmo em seu futuro. É por meio do afeto que o sujeito cresce seguro de si, com controle emocional, e possa vir a ser um ser humano com habilidades necessárias para viver em sociedade”, destacou o defensor público Thiago Josino.
Ao serem questionados a respeito das formas de amor e afeto vivenciadas durante a primeira e segunda infância, os presentes trouxeram para a roda a inexistência de suas figuras paternas e maternas. “Em nossas reuniões, deixamos claro que tais padrões não precisam ser seguidos, e que a parentalidade responsável é possível e deve promover um ambiente onde o amor seja compreendido, aprendido e vivido na prática”, destacou Josino.
“Eu não passo o que eu passei com a minha mãe na infância, ela era extremamente autoritária, mas eu tento demonstrar o máximo de carinho, afeto, compreensão com os meus filhos. É um amar que protege, que busca falar o que é certo ou errado, mas que não é igual ao amar que eu vivenciei”, disse Aurineia Soares, autônoma, que durante sua participação na oficina evidenciou como o afeto na infância, ou a falta dele, alterou a forma como ela enxerga o mundo e se apresenta nele.
Após a realização da atividade, os presentes receberam o resultado dos testes realizados em parceria com a Edufor, por meio da Central de Provas da Defensoria a qual realiza a coleta do material genético das partes e o encaminha ao laboratório, que em aproximadamente 40 dias devolve o resultado. Em caso de resultado negativo, o reconhecimento de paternidade deve ocorrer de forma voluntária e com o consentimento do homem apontado como pai da criança.
A iniciativa reafirma o compromisso da Defensoria em garantir não apenas os direitos legais de crianças e adolescentes, mas também em fomentar reflexões que contribuam para a construção de vínculos familiares mais saudáveis e conscientes. Ao integrar aspectos afetivos, sociais e jurídicos, a oficina de parentalidade amplia o entendimento sobre o papel dos pais e responsáveis, destacando que o reconhecimento da paternidade vai muito além do exame genético — envolve presença, escuta, cuidado e afeto no dia a dia das relações familiares.
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