Como parte das mobilizações do MaraDefs, a Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do   Estado do Maranhão marcou presença, na manhã da última quarta-feira (22), no Seminário “Faça Bonito”, promovido pela Instituição Formação MA, no bairro Maracanã, zona rural de São Luís. O evento teve como foco a proteção de crianças e adolescentes, reunindo profissionais e lideranças para discutir caminhos concretos na prevenção e no enfrentamento à violência infantojuvenil.

A mesa de abertura contou com a presença da ouvidora externa da DPE/MA, Naisandra Mota, da superintendente da Proteção Social Especial da Semcas, Poliana Gozzy, e da psicóloga do Instituto Formação, Nádia Guterres, que apresentaram diferentes perspectivas sobre a importância da atuação em rede na proteção integral da infância. A Ouvidoria levou ao debate a experiência de escuta ativa da população, destacando os desafios enfrentados nos territórios e o papel dos educadores, conselheiros e agentes públicos na efetivação dos direitos garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O seminário integra a agenda de ações educativas do mês de maio, tradicionalmente voltadas ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Ao promover esse diálogo na zona rural, o evento amplia o alcance das políticas públicas e reforça a necessidade de envolver toda a comunidade — escolas, famílias, organizações sociais e poder público — na construção de uma cultura de proteção.

Na mesma data, à noite, a Defensoria também esteve presente em outra frente de atuação: um minicurso promovido pelo projeto “Empregabilidade e Empreendedorismo na Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, realizado em parceria com a UEB Santa Clara e a Secretaria Municipal de Segurança Alimentar (Semsa). A atividade teve como objetivo apresentar formas sustentáveis de reaproveitamento de alimentos e incentivar a geração de trabalho e renda para estudantes e moradores do bairro Santa Clara.

Durante o encontro, foram compartilhadas receitas e práticas acessíveis que ajudam a reduzir o desperdício alimentar, promovendo segurança nutricional e alternativas viáveis de   autonomia financeira. Feliz com o aprendizado, uma das alunas da turma da EJA, Irinilde, 30 anos, destacou a relevância do momento. “Foi legal porque a gente aprendeu coisas novas, né? Como aproveitar os alimentos, os legumes. Muita gente joga fora as cascas. Hoje, a gente já aprendeu bastante. Fazer o arroz com os talos da couve, por exemplo,” disse.

A atuação da Defensoria Pública nestes espaços reafirma o compromisso da instituição com a promoção de direitos essenciais, como a proteção à infância e o acesso à alimentação digna, sobretudo entre as populações mais vulnerabilizadas. No Maracanã e em Santa Clara, o trabalho desenvolvido mostra que a justiça social se constrói com presença, diálogo e escuta nos territórios.