Tendo em vista o grande número de idosos prejudicados pelo superendividamento e violência financeira envolvendo familiares, responsáveis ou até mesmo instituições bancárias e de crédito, a Defensoria Pública do Estado, em Imperatriz, promoveu, em parceria com autoridades locais, palestra para tratar o tema, em encontro ocorrido recentemente no Centro de Convivência de Idosos daquele município.

Na oportunidade, o defensor público André Jacomin falou sobre a atuação da Defensoria, na observância e no fortalecimento do Estatuto do Idoso, afirmando que nenhum idoso deve ser objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência ou qualquer atentado à sua cidadania, dentre elas o abuso financeiro.

“Alguns idosos passam por situação de vulnerabilidade após sua aposentadoria ou quando começam a ficar dependentes de outras pessoas, o que pode gerar atos irresponsáveis de indivíduos próximos ou até mesmo de bancos, como vemos muitos casos. Nossa palavra foi de conscientização destes idosos para que nos procurem caso esteja ocorrendo isso com eles, ou conheçam outros idosos na mesma situação, para que, na medida do possível, possamos adotar providências que resguardem seus direitos”, destacou.

A palestra também contou com a participação da vereadora Telma Rocha e da assistente social do DPE de Imperatriz, Liana Oliveira.

Agressores - Segundo especialistas, o perfil da família que comete esse tipo de violência é marcado por instabilidade financeira. São filhos ou netos que não têm vínculo empregatício e não demonstram afeto e nem responsabilidade com idoso.

Fora do âmbito familiar, os idosos são vítimas de golpes com os empréstimos consignados, modelo em que se debita, automaticamente, as dívidas nos benefícios de aposentadoria. No entanto, de acordo com estudos feitos pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), as dívidas sobre os créditos consignados acabam se acumulando em alguns casos, seja por falta de planejamento financeiro ou por abuso de uma instituição que oferece créditos.