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A medição, uma conversa ou negociação intermediada por alguém imparcial que favorece e organiza a comunicação entre os envolvidos em um conflito foi o tema de um curso ministrado para os defensores públicos, servidores e estagiários da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA) na última semana. A capacitação foi ministrada pela defensora pública estadual do Rio de Janeiro Larissa Davidovich, em São Luís, e transmitida pela internet para os núcleos regionais no interior.
Nos dois dias de capacitação, foram abordadas questões como os marcos regulatórios da mediação, o Novo Código de Processo Civil, a mediação na tutela coletiva, a identificação de interesses e a criação de soluções, entre outras. Após as exposições, foi realizada uma simulação de casos concretos entre os participantes.
Segundo a defensora Larissa Davidovich, o conhecimento compartilhado durante a capacitação deverá trazer resultados significativos para a DPE/MA. “É interessante ver, depois desses dois dias, uma mudança perceptível nas pessoas que são tocadas pelo instrumento da mediação. A mediação nos ensina a enxergar o conflito de outra maneira, com outros aspectos e ensina que o que a gente mais precisa fazer é escutar o outro, estar atenta, ter cuidado com o outro e isso se coaduna muito com a instituição Defensoria Pública”, ressaltou.
A abertura do curso contou com a participação do defensor público-geral do Estado, Alberto Pessoa Bastos, e do subdefensor-geral Gabriel Santa Furtado Soares.
Experiência - Para a defensora pública estadual do Núcleo Regional de Imperatriz Camila Fonseca Bonfim, o curso foi muito enriquecedor para ela e para a instituição como um todo. “Não foi só um curso teórico, mas prático, que mexe com a gente tanto no campo profissional, como no pessoal. Com certeza estou saindo daqui uma pessoa melhor, e espero aplicar as técnicas com os nossos assistidos”, disse.
Para a assessora jurídica Ana Carolina Melo, o curso foi fundamental para a compreensão do papel do mediador na identificação dos interesses em conflito, para a construção de soluções consensuais com benefícios para as duas partes. “Para nós, como assessores, foi de grande valia, porque vimos que nem sempre o caminho deve ser o do processo judicial. A defensora Larissa mostrou várias ferramentas e, além disso, fez com que a gente criasse essa consciência de que podemos despertar no assistido que ele mesmo pode resolver o problema”, disse.
De acordo com a coordenadora do Centro Integrado de Apoio e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa (Ciapvi), Isabel Gonzalez Lopizic, a capacitação contribuirá bastante no trabalho junto às famílias de pessoas idosas. “Acredito que a mediação é a saída para diversas questões e, principalmente, para a familiares. Nós atendemos muitas pessoas idosas vítimas de violência, que acontece geralmente no meio familiar, e muitas vezes só a lei não dá conta das questões maiores. Essa alternativa, às vezes, até faz com o que os conflitos se acirrem muito mais. Já uma mediação adequada leva a uma mudança de atitude, muitas vezes”, destacou.
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