Esta sexta-feira (8), dia de comemorações em alusão ao Dia Internacional da Mulher, foi marcada por diversos eventos no âmbito da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA). As programações realizadas na sede, na capital, e nos núcleos regionais, no interior, abordaram importantes questões voltadas ao tema “Nem calada, nem morta: um grito contra a violência”.

Em São Luís, a programação teve início com uma performance artística do grupo Meninas Show, que retratou diferentes figuras da mulher na sociedade maranhense, desde a quebradeira de coco babaçu à coreira do Tambor de Crioula.

Pela manhã, as defensoras Ana Lourena Moniz Costa, Cristiane Marques Mendes e Lindevania Martins ministraram a palestra “Breve histórico sobre a atuação do Núcleo de Defesa da Mulher e População LGBT na Defensoria Pública. À tarde, a defensora Lindevania Martins falou sobre “Acolhimento e atendimento a mulheres em situação de vulnerabilidade”.

As acadêmicas da Liga Acadêmica de Saúde de Mulher do Instituto Florence, Hellen Christine Utta Ferreira Oliveira e Ilanna dos Santos Albuquerque Cabral, também participaram do evento. Na ocasião, as mesmas abordaram a importância do diagnóstico precoce de câncer.

Reflexão - Na abertura do evento, o defensor público-geral do Estado, Alberto Pessoa Bastos, destacou a força da mulher, relembrando a passagem da Bíblia que fala da coragem e determinação da mãe de Moisés e destacou a atuação da DPE/MA na garantia de direitos ao segmento.  “Temos um trabalho direcionado não somente para a defesa da mulher, mas também de promoção de direitos, e dignidade a esse público, que nos procura, geralmente em situação de extrema vulnerabilidade. Nossa missão é o resgate da cidadania dessas mulheres, que merecem nossa dedicação e todo o nosso respeito. Tenham certeza, estamos aqui sempre de portas abertas, prontos para ajudar”, disse.

Também presente, o subdefensor Gabriel Santana Furtado Soares, lembrou o recente caso de feminicídio de uma jovem de 19 anos, morta após ser estuprada, agredida e queimada, e ressaltou a importância das discussões sobre o assunto. “Temos visto cada vez mais casos bárbaros de violência contra a mulher, que chamam a atenção não só pela crueldade, mas também pela forma como são tratados, quase sempre com abordagens revestidas de machismo. Esse é um tema que precisa ser abordado e eventos como esse, que estão acontecendo em todo o estado, são muito importantes para garantir isso”, afirmou.

O evento foi realizado na capital pela Escola Superior (Esdep), Comissão Temática da Mulher e de Qualidade Laboral, Núcleo de Defesa da Mulher e População LGBT, Núcleo Psicossocial e a Ouvidoria-geral da Defensoria Pública do Estado.

A defensora Lindevania Martins, titular do Núcleo de Defesa da Mulher e População LGBT, explicou a escolha da temática “Nem calada, nem morta: um grito contra a violência” para as comemorações deste ano. “Estamos comemorando 8 anos do Núcleo de Defesa da Mulher e ao longo da nossa atuação percebemos que uma das atitudes mais importantes, além da punição dos agressores, é romper o ciclo do machismo e da violência. A mulher não deve se calar diante de situações de violação de seus direitos”, explicou, lembrando que o núcleo especializado atua diariamente para garantir cidadania a mulheres  que tem seus direitos desrespeitados.

Atividades - Na capital, as atividades continuam neste sábado (09), das 9h às 12h. Com o apoio do ônibus-escritório da DPE, serão prestados atendimentos e orientações jurídicas voltados para mulheres no Hospital da Mulher, localizado na área Itaqui –Bacanga, em São Luís.

As comemorações do Dia Internacional da Mulher também aconteceram nos núcleos regionais da Defensoria em Açailândia e Imperatriz nesta sexta-feira. Em Açailândia, defensoras e defensores públicos e funcionários do núcleo se reuniram para uma roda de diálogo sobre os direitos das mulheres e um café da tarde. Outras atividades semelhantes serão realizadas por outros núcleos regionais nas próximas semanas.