Diversas entidades da sociedade civil organizada definiram, nesta quinta-feira (25), a lista tríplice para o cargo de ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), em votação durante audiência pública realizada na sede da instituição, em São Luís. A lista será submetida ao Conselho Superior da Defensoria para escolha do novo titular da Ouvidoria da DPE/MA. 
O pleito contou com 12 candidatos, que tiveram 10 minutos para defesa de suas candidaturas e responderam a até três perguntas dos participantes da audiência. Encerradas as defesas e perguntas, os representantes das entidades presentes votaram em um dos candidatos. Os três mais votados foram Ana Rosa Coelho Silva, Daniel Raimundo Almeida de Jesus e Márcia Anunciação Maia Pereira.
Esta foi a primeira vez que o processo de escolha do ouvidor contou com ampla participação da sociedade civil. Antes, a lista tríplice era definida pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos. Desta vez, a Defensoria Pública ficou responsável pela formação do colégio eleitoral, composto exclusivamente por entidades da sociedade civil. Além disso, foi permitida a participação de qualquer cidadão na audiência pública, podendo esse, inclusive, formular questionamentos diretamente aos candidatos.
A ampla participação popular no pleito foi um dos destaques do discurso do subdefensor-geral do Estado, Gabriel Santana Furtado Soares, durante a abertura da audiência. “Esse processo eleitoral será um marco na nossa história, pela intensa participação da sociedade civil. Somos a única instituição do sistema de justiça que tem uma Ouvidoria Externa. E, enquanto em outros órgãos o ouvidor é um membro da carreira, aqui fazemos questão de ter a comunidade ao nosso lado”, declarou.
Presidente da Comissão Eleitoral do pleito, o defensor público Gustavo Leite Ferreira também ressaltou a importância da presença da sociedade civil no pleito. “Foram 8 encontros antes deste que contaram com a participação de pessoas candidatas, votantes e outros membros da sociedade. E essa participação não foi meramente formal. Todas as pessoas tiveram direito a voz e as suas manifestações, em boa parte das decisões que tomamos, foram fundamentais para a gente construir este processo”, frisou.