O estresse no ambiente de trabalho vem sendo motivo de preocupação para a sociedade e para instituições que, por sua vez, vêm tentando combater o problema por meio da sensibilização e apoio psicossocial. O estresse também é um dos principais motivos para a ideação de suicídio, que é o pensamento de tirar a própria vida.

Neste contexto e alusivo ao mês da conscientização e prevenção ao suicídio, a Defensoria Pública promoveu, na última sexta-feira (21), palestra com o tema “Depressão e ansiedade no ambiente de trabalho”, ministrada pelo psicólogo, especialista em depressão e ansiedade, Carlos Augusto Machado. O objetivo foi discutir o tema entre defensores, servidores e demais colaboradores, visando criar políticas institucionais que contribuam para o bem-estar de todos.

“A depressão e a ansiedade no ambiente de trabalho é um tema ainda pouco discutido pelas instituições, mesmo sendo um dos maiores fatores de afastamento das atividades. Nossa intenção é suscitar essa discussão, visando criar estratégias de gestão para melhorar o ambiente, garantindo que o servidor possa produzir mais e com qualidade de vida”, afirmou o subdefensor-geral, Gabriel Furtado.

Na ocasião, Carlos Machado falou sobre a importância dessa discussão. “A Defensoria tem uma atividade voltada à resolução conflitos de pessoas que passam por problemas sérios e que já chegam à instituição fragilizadas. Isso acarreta uma grande responsabilidade e pressão, que podem causar ao servidor estresse e transtorno de ansiedade. É fundamental que os colegas e gestores estejam atentos para sintomas de uma possível explosão emocional”, disse, informando que o Maranhão figura entre os estados com maiores índices de pessoas que já pensaram em tirar a própria vida.

O encontro foi conduzido pela a psicóloga da DPE/MA, Márcia Regina Serra, e teve a participação do defensor público titular do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (NDCA), Joaquim Gonzaga Neto. “Muitas pessoas não têm conhecimento sobre os sintomas da depressão. Esta discussão ajudará as pessoas a identificarem tais sintomas e a conhecerem os procedimentos a serem adotados quando deparadas com situações de fragilidades emocionais no ambiente de trabalho e fora dele”, concluiu Márcia Serra.