Com auxílio da DPE, homem em situação de rua resgatará sua cidadania

06/07/2018 #Administração
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Com o apoio da Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), uma assistida conseguiu descobrir a identificação civil de um homem em situação de rua, ao qual ela presta assistência há mais de 20 anos, no bairro Bequimão, em São Luís. Com os dados, o homem poderá finalmente ser submetido a uma cirurgia de hérnia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Conhecido apenas como Messias, o cidadão vive há décadas nas ruas do bairro Bequimão, contando com a ajuda de moradores do local como Terezinha de Oliveira Amaro. Além de abrigo, Messias necessitava de tratamento para dependência de álcool. O problema é que sem nenhum registro, o acesso aos serviços públicos de saúde não era permitido. Para ajudá-lo, dona Terezinha iniciou uma busca nos órgãos competentes do estado. Segundo relatos da senhora, desde 1985 ela presta assistência a Messias.

Apesar da intensa mobilização, que incluiu o ingresso de ação judicial para garantir que o homem pudesse usufruir do sistema de saúde, não houve resultado favorável. Com o passar dos anos, a situação de Messias se complicou quando ele começou a desenvolver sintomas compatíveis a uma hérnia abdominal, que precisaria ser corrigida com uma cirurgia.

Identificação

Preocupada, ela decidiu procurar o auxílio da Defensoria Pública, que a ajudou providenciando o levantamento de todos os dados de Messias. Por meio do Núcleo de Direitos Humanos e do Núcleo de Defesa do Idoso, da Pessoa com Deficiência e da Saúde foram feitos contatos com outras instituições como a Polícia Federal e o Instituto de Identificação do Maranhão para chegar até a identidade do homem.

De acordo com as informações colhidas, o homem que vive em situação de rua é Messias de Sousa Neves, tem 62 anos de idade e é natural de Fortaleza (CE). Com isso, será possível regularizar o registro civil dele e solicitar o Cartão Nacional de Saúde, para garantir o atendimento no SUS.

Para dona Terezinha, a identificação foi uma grande conquista e garantirá um futuro melhor ao seu amigo. “Já fomos no hospital e Messias já foi avaliado por um médico, que já requisitou os exames pré-operatórios. Isso só foi possível graças a todos os atores que se envolveram nessa luta, especialmente a Defensoria. Quando o defensor Benito Pereira Filho me passou os dados, eu só conseguia chorar. Pois, foram anos buscando isso. Agora o Messias tem um nome. Agora, ele existe”, disse.

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