Defensor-geral prestigia Semana dos Povos Indígenas em São Luís

14/08/2017 #Administração
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A sétima edição da Semana dos Povos Indígenas, promovida pelo Governo do Estado foi aberta na manhã da última quarta-feira (9) com a presença de representantes dos 11 povos indígenas do Maranhão, além de diversas autoridades, dentre elas o defensor-geral do Estado, Werther de Moraes Lima Junior. A programação, realizada pelas secretarias estaduais de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Cultura e Turismo (Sectur) e do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão, encerrou na última sexta feira, dia 11, no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, com oficinas, danças e cantos, mesas redondas e exposição apresentando a diversidade do patrimônio material e imaterial da cultura indígena.

Durante seu discurso, o gestor da Defensoria Pública falou sobre a concepção da data especial para o índio, entretanto ressaltou que ações práticas e diárias devem ser disseminadas para o protagonismo indígena. “Há 22 anos a Organização das Nações Unidas estabelecia o dia nove de agosto como dia internacional dos povos indígenas. Apenas um dia de comemoração e sensibilização quanto ao respeito aos direitos e cultura indígena não é suficiente. É preciso mais. E é na busca deste respeito que colocamos a Defensoria à disposição para lutar pela garantia e proteção dos índios e dos direitos humanos como um todo”, ressaltou.

Na abertura do evento, indígenas do Povo Tenetehara subiram ao palco Guilherme Telles para saudar a todos com canto e dança circular tradicional que emocionou o público presente. “Este canto se chama ‘Ai Kwê Kaa Wara Turu Kwey’, que significa ‘Lá vem a dona floresta’, e sempre cantamos ao iniciar os trabalhos na floresta, alegrando os espíritos e as almas”, explicou Milton Bento de Sousa Guajajara, índio do povo Tenetehara.

O titular da Sedihpop, Francisco Gonçalves da Conceição, falou da importância do evento como espaço de diálogo e reconhecimento das identidades dos povos indígenas. “Gostaria de saudar especialmente os caciques, conselheiros, mestres indígenas e todos os povos que vivem no meio da mata e ressaltar que a defesa dos direitos indígenas não é apenas um direito destes povos, mas de todos nós no que diz respeito à defesa da natureza. Esta semana é importante para nos fazer aprender o nome dos povos porque quando se aprende a identificar o indígena pelo seu nome, aprendemos a reconhecer sua cultura e reconhece-lo como parte do seu território, construindo cumplicidade, solidariedade e empatia. Precisamos construir novas alianças políticas com os indígenas e o lutar pelo direito de todos nós com a Mãe Terra”.

Diálogos - Os desafios e perspectivas dos povos indígenas no Brasil foi o tema do debate com a presença do coordenador do projeto Nova Cartografia Social e Política da Amazônia, o antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida, e da coordenadora da Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sônia Bone Guajajara. O antropólogo explanou a atual crise política nacional que tem ameaçado as conquistas históricas dos direitos dos povos indígenas, especialmente o direito de propriedade dos territórios, motivado pela disputa de poder das elites econômicas apoiadas pela bancada ruralista no Congresso Federal.  

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