Depois de realizar minuciosa inspeção ao Hospital Dr. Adelson de Sousa Lopes, localizado na Vila Luizão, motivada por denúncias recebidas de usuários da unidade pública de saúde, a Defensoria estadual (DPE/MA) expediu ofício à Secretaria de Saúde do Estado, solicitando esclarecimentos da real situação e quais providências os órgãos responsáveis estão adotando para solucionar os problemas constados.

A inspeção ao hospital, que também funciona como Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Centro de Especialidades Médicas, aconteceu no dia 6 de maio, por iniciativa dos Núcleos Especializados de Direitos Humanos e de Defesa do Idoso, Pessoa com Deficiência e da Saúde, com apoio de estagiárias do Núcleo Psicossocial. Da ação participaram o defensor titular do Núcleo do Idoso e da Saúde, Benito Pereira da Silva Filho; a assistente social do Núcleo de Direitos Humanos, Maria de Guadalupe Furtado Barros e duas estagiárias.

Nas dependências daquela unidade a equipe multidisciplinar da DPE/MA foi recebida pelo supervisor administrativo João Gomes que, depois de justificar a ausência da diretora geral, a médica Márcia Melo, autorizou a equipe para a atividade. Durante toda a parte da manhã, os representantes da Defensoria percorreram o complexo hospitalar, gerando um minucioso relatório para que, caso seja necessário, conste de ação judicial futura.

No relatório, foram apontadas diversas irregularidades, dentre elas a demanda excessiva a clínico geral, ausência de consultas dermatológicas, oftalmológicas, ortopédicas, neurológicas, dentre outras especialidades. Também estavam suspensos os exames de endoscopia, ultrassom, mamografia, e o uso do raio-x passou a ser exclusivo do setor de emergência. O documento ainda aponta problemas na marcação das consultas que agora funciona apenas à tarde, sem respeito às prioridades, além do mais, no local não existe Ouvidoria interna.

O estacionamento, a recepção, as instalações e locais de uso público foram vistoriados durante a ação para averiguar, também, a questão da acessibilidade. Na ocasião, o defensor e demais integrantes da equipe conversaram com os pacientes, inclusive com crianças, jovens e idosos, checaram os horários de atendimento, constataram presenças e ausências de médicos e demais profissionais da saúde, dentre outras informações.