Cerca de 200 jovens estudantes da Unidade Integrada Isabel Cafeteira, no município de Barra do Corda, tiveram a oportunidade de enriquecer seus conhecimentos sobre cidadania e educação em direitos. Elas foram beneficiadas com a primeira edição do projeto “Defensoria na Escola”, idealizada e executada pelo defensor público Gil Henrique Mendonça Faria, titular da Defensoria Pública estadual (DPE), naquela cidade.

A palestra aconteceu na área de recreação da unidade escolar, com a participação de alunos, pais e professores da instituição. Na ocasião, o defensor falou um pouco sobre o papel da Defensoria Pública no sistema de Justiça, suas atribuições institucionais e do caráter transformador da instituição na sociedade como um todo, assim como abordou temas como violência doméstica, abuso sexual e suas consequências: “Nosso objetivo é contribuir na formação dessas crianças e jovens da rede pública de ensino, na perspectiva de reforçar sua importância para a sociedade, qualificando-os por meio da compreensão de seus direitos e deveres”, ressaltou Gil Faria.

Na ocasião, após as explanações, foi aberto momento de diálogo com os jovens, que trouxeram dezenas de perguntas jurídicas das mais variadas áreas ao defensor, que as respondeu em linguagem informal, de maneira a garantir o completo compreensão de todos os participantes. Dentre os principais questionamentos, estavam aqueles relacionados à violência e abuso sexual por familiares, uma realidade, ainda, comum nos interiores do Maranhão.

De acordo com o planejamento do projeto, serão abordados temas como violência doméstica, abuso sexual e uso e tráfico de drogas, dentre outros.

Além disso, estão programadas rodas de diálogos e oficinas com professores, pais e responsáveis, visando ampliar o alcance das atividades. “Um dos objetos é levar educação em direitos a esses adolescentes e também utilizá-los como multiplicadores desse conhecimento a seus familiares e todos aqueles que os rodeiam, visando fazer que se tornem adultos conscientes, evitando com que entrem no mundo do crime, na verdade é um trabalho de prevenção”, assinalou o defensor.