A defensora pública Lindevania Martins, do Núcleo de Defesa da Mulher e da População LGBT, esteve reunida, nesta semana, na sede da Defensoria Pública Estadual, com representantes do Conselho Municipal da Condição Feminina Carla Cavalcante e Simone Souza, que vieram manifestar apoio e solidariedade à defensora que se sentiu desrespeitada em recente episódio ocorrido no 1º Distrito Policial, quando foi retida no gabinete do delegado de polícia.

A iniciativa de procurar a defensora Lindevania partiu das conselheiras após tomarem conhecimento do caso, que segundo elas é emblemático e representa vários tipos de violações. Carla Cavalcante, assistente social e presidente do referido conselho, destacou que além de representar um desrespeito às instituições e as prerrogativas dos defensores públicos, o caso também reflete uma afronta à mulher que ainda permeia a sociedade e que se reproduz dentro das instituições de estado.

Diretora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência e integrante do Conselho, a psicóloga Simone Souza, sublinhou no episódio, o fato da fala da mulher ainda hoje ter menos peso que a fala do homem. “É lamentável a constatação de que a fala das mulheres, independente da posição que elas ocupam, são desacreditadas quando comparada à fala do homem”, observou.

Ambas prestaram solidariedade à defensora, registrando que o caso é muito grave e requer medidas enérgicas por parte das instituições. Informaram, ainda, que o Conselho Municipal da Condição Feminina irá oficiar às instituições para adoção de medidas quanto ao caso.