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A noite de quarta-feira (01) foi inesquecível para a plateia do teatro Arthur Azevedo, em São Luís, que aguardava para assistir ao espetáculo “Marrom – O Musical”, em homenagem aos 50 anos de carreira da cantora maranhense Alcione. Mas a tão esperada estreia da peça na capital maranhense foi ainda mais especial para um grupo de 13 mulheres que cumprem pena na Unidade Prisional Feminina (UPFem), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital.
As internas do sistema de Justiça maranhense foram convidadas de honra e ocuparam os melhores lugares da plateia para contemplar o resultado do trabalho delas. Todas integram a Cooperativa Cuxá, projeto de incentivo ao empreendedorismo no cárcere, executado em parceria interinstitucional entre Defensoria Pública, Governo do Estado, Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho Penitenciário Estadual. A condução do projeto é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Instituto Humanitas 360.
“Hoje nós estamos aqui no teatro com essas internas mostrando o real significado da ressocialização. Elas produziram os bordados de todo o figurino que os artistas usam no espetáculo. A nossa querida Marrom, Alcione, é madrinha da Cooperativa. Estamos muito felizes porque essa experiência tem um peso simbólico muito relevante na regeneração dessas pessoas”, afirmou a defensora pública Suzana Camillo, que representa a DPE/MA na Cooperativa.
Com roupas novas, maquiagem e cabelos com penteados, as mulheres cooperadas tiveram uma experiência com direito a toda emoção possível. “Nós estamos felizes, gratas! É uma alegria muito grande ver o nosso trabalho ali no palco. Esse trabalho está nos transformando, muita gente não acredita, mas nós estamos aqui pra mostrar que a mudança existe em cada uma de nós”, emocionou-se uma das mulheres, que terá o nome preservado.
No grupo de internas, algumas cumprem pena no regime fechado; outras, no semiaberto. Elas foram acompanhadas durante todo o evento pelos representantes da Defensoria Pública do Estado; da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap); do Instituto Humanitas 360; além do produtor e diretor da peça, Jô Santana.
O público que prestigiou a peça também pôde comprar produtos feitos pela Cooperativa, que são comercializados com a marca “Tereza”. “Nós não imaginávamos que os produtos fariam tanto sucesso, estamos impressionadas e felizes com essa oportunidade”, destacou a cooperada Thaisa dos Anjos, que já cumpriu pena na UPFem e hoje vive da renda obtida com a venda dos produtos.
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