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O presidente da Associação de Moradores do Cajueiro, o pescador Davi de Jesus Sá, acompanhado do também pescador, Clóvis da Silva, esteve presente na sede da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), para reiterar o desejo da maioria das cerca de 250 famílias em permanecer na região, a despeito do que foi noticiado no Jornal Pequeno, no último domingo (08), quando houve notícia que os “moradores do cajueiro querem a instalação do Porto de São Luís”.
Durante conversa com o defensor público Alberto Guilherme Tavares, titular do Núcleo de Moradia e Defesa Fundiária, Davi de Jesus Sá ressaltou a indignação dos moradores ao saberem dessas notícias, que segundo ele não expressam a realidade dos fatos. “Infelizmente teve essa senhora, chamada Iêda (Maria da Silva) que está na área há apenas dois anos e deu esses depoimentos que nós da associação não concordamos. Travamos há anos uma luta ferrenha pela manutenção da comunidade naquela região e não mudamos de ideia. É uma tremenda mentira, plantada por pessoas que não conhecem essa luta e ficam tentando ajudar, por motivos ainda não revelados, a empresa para ganhar algum benefício”, sentenciou.
A comunidade do Cajueiro, existente há mais de quarenta anos, teve sua posse regularizada pelo Estado do Maranhão há quase 20 anos e, em 2015, obteve na Justiça sentença que determina a abstenção, por parte da empresa WPR São Luís Gestão de Portos, de atos que impeçam a realização de plantações, de construções, do extrativismo e da pesca naquela localidade. Atualmente, existem na região cerca de 250 famílias.
Violência – Na segunda-feira, aconteceu um encontro entre alguns moradores do Cajueiro e o secretário de segurança, Jefferson Portela, com o objetivo de solicitar mais segurança no local, tendo em vista que, no último final de semana, foram presas na localidade sete pessoas acusadas de, a serviço da empresa WPR, estar atuando como jagunços e promovendo atos de intimidação, violência e vandalismo na comunidade, visando à desocupação da área.
Está marcada para esta quarta-feira (11) no inquérito instaurado pela Delegacia Agrária destacada para apurar o caso, o depoimento do representante da empresa em São Luís para prestar esclarecimentos sobre a existência de milícia armada na região.
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