Heider Santos discute ações de enfrentamento ao consumo de crack

28/04/2011 #Administração

 

O defensor público Heider Silva Santos, do Núcleo Itinerante da Defensoria Pública do Estado, participou de reunião realizada, na última terça-feira, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC). O encontro teve como objetivo traçar metas e elaborar um plano de ações de enfrentamento ao consumo de crack na Região Metropolitana de São Luís.

A intenção é unir esforços e definir atribuições para que todos os órgãos contribuam para evitar o crescimento do número de usuários dessa droga. Também participaram da reunião, representantes da Polícia Militar, delegados da Polícia Civil, Ministério Público, Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), Centro de Atenção Psicossocial Antidrogas (CAPS ad), dentre outros órgãos.

De acordo com o superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Sebastião Uchoa, a problemática do crack em São Luis é uma questão social, por isso deve ser enfrentada por todos os órgãos. “Convocamos essa reunião para que juntos, todos os órgãos públicos possam criar e efetivar políticas públicas e impedir que os índices de usuários aqui na capital aumentem”, explicou.

Segundo o superintendente, além do bairro do João Paulo, locais como Forquilha, Anjo da Guarda, Liberdade, Maiobão também receberão, posteriormente, ações. “São locais com grande aglomeração de pessoas, o que facilita que estes usuários capturem recursos para comprarem o crack”.

 

Consumo - Segundo dados apresentados pelo CAPS ad, grande parte dos adultos usuários de crack, iniciaram o consumo entre 14 e 15 anos. Os dados mostram que o primeiro contato é feito dentro de casa, onde o álcool e o cigarro estão entre os mais apontados como facilitadores para o consumo de drogas mais pesadas. Além do contato com esses entorpecentes, alguns usuários tiveram contato na juventude com a maconha.

O Comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Jéferson Telles, disse que os órgãos públicos necessitam ter mais conexão visando intervir para resolver essa problemática. “Por ser uma questão de ordem pública, é necessária a união de esforços em áreas que vão da repressão a ações sociais”, disse. O comandante afirmou que ações serão desenvolvidas em diversos pontos da Região Metropolitana de São Luis. “Paralelo as ações sociais, intensificaremos diversas operações de combate a comercialização de crack em São Luis”, garantiu.

Projetos Sociais - Durante o encontro, entre os pontos abordados, esta o papel que os projetos sociais exercem dentro das comunidades. Ações de prevenção e atividades educativo-culturais, como oficina de arte, artesanato entre outras, representam um dos caminhos a serem seguidos. Além disso, esses projetos caracterizariam um caminho saudável para reinserir os usuários de crack no meio social. O intuito não é apenas reprimir, e, sim oferecer condições de reinserção social.

        A promotora Márcia Maia, do Ministério Público ressaltou a importância dos programas sociais. “A possibilidade de que um adolescente é envolvido em atividades esportivas, por exemplo, retorne para o mundo das drogas é muito menor do que aquele que não estar envolvido com estas práticas”.

Entre os projetos desenvolvidos pela SSP, destaque para o de Proteção de Jovens em Territórios Vulneráveis (Protejo). Essas ações são voltadas para oferecer atividades socioeducativas a jovens e adolescentes que tiveram envolvimento com atos infracionais ou que tenham sido vítimas de violência doméstica ou urbana. Além destes, a Polícia Militar, desenvolve ações de prevenção em escolas e bairros da capital. O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e o Grupo Especial de Apoio às Escolas (Geap) são responsáveis em realizar estas atividades.

 Medidas - Entre as medidas que podem ser adotadas, estuda-se a criação de mais quatro CAPS ad, que seriam instalados nos Centros Integrados de Defesa Social(Cids) espalhados em São Luis. Além disso, na reunião, ficou acordado que cada representante retornará para sua instituição e definirá ações que ajudem no combate. Em estudo, está também à criação de dois grupos de atuação que seriam formados por representantes órgãos integrantes do encontro.

Estiveram presentes, também, o superintendente de Investigações Criminais, delegado Marcos Afonso Junior; o supervisor do Cids Oeste, delegado Joviano Furtado; o delegado Gustavo Alencar, do 2º DP (João Paulo), além de representantes dos Conselhos Tutelares, entre outros órgãos.

 

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